PERSPECTIVA E RETROSPECTIVA
A fé que opera é aquela focada no ponto certo. Em outras palavras, o objeto da fé – quem ou no que acreditamos – faz a diferença entre o sucesso ou o fracasso, entre a vida e a morte. A fé que supera as provações – a fé no Deus que se fez homem em Jesus Cristo– é fortalecida pela convicção do Seu poder, não em Suas obras. Não me canso de dizer isso porque é de extrema importância.
Muitos cristãos hoje são tão orientados para o desempenho, tão focados no produto, que a força e a continuidade de sua fé dependem de ver Deus regulamente realizar maravilhas em suas vidas. Se o Senhor não age desse jeito tangível, dessa forma visível, eles se confundem e duvidam. Logo a fé é ameaçada.
Essa armadilha da decepção e pseudofé pode ser evitada quando certificamo-nos de que a confiança foi colocada no poder e no direito que Deus tem de fazer qualquer coisa, não em Suas obras. Mesmo se o Senhor não agir conforme esperamos, devemos continuar crendo Nele e em Seu poder, em Sua sabedoria e onisciência. Afinal o Senhor tem a autoridade para fazer e também para não fazer. O Senhor tem o conhecimento total para saber o modo exato de agir a nosso favor. Ele pode ajudar ou não da forma que desejamos. Às vezes, esquecemo-nos disso. Nossa fé, portanto, deve ser posta no Senhor e em Seu poder, em Seu conhecimento único sobre tudo que envolve nossas circunstâncias, porque isso é mais importante do que Suas obras. Quando o poder divino não opera de uma maneira concreta e visível, não significa que não esteja presente. Certamente está presente, as ações do Pai (tanto de realizar ou não o que pedimos) são SEMPRE recheadas de sabedoria e amor. Aqui cabe bem lembrar as palavras do filósofo Soren Kierkegaar: “A vida deve ser vivida em perspectiva, mas entendida em retrospectiva”.
(Myles Munroe, em “RE-DESCOBRINDO A FÉ”)
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