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terça-feira, 9 de agosto de 2011

COMPETÊNCIA E BONDADE

Para confiar em Deus, precisamos de um modo exuberante e preciso de pensar e falar sobre Ele, um modo que oriente c sustente a nossa visão da vida e a nossa vontade. Isso encontramos na linguagem bíblica. Especialmente no livro dos Salmos.
Ainda hoje o livro de Salmos nos dá muita força para a fé e a vida. Isso simplesmente porque ele preserva uma linguagem conceitualmente rica sobre Deus e sobre os nossos relacionamentos com Ele. Quem mergulha nos salmos emerge conhecendo a Deus e compreendendo a vida. E isso não depende de modo nenhum do “efeito poético” da grandiosa linguagem sálmica, como sugerem alguns. Não se trata de mero enlevamento emocional. O que torna a linguagem grandiosa e proporciona o enlevamento emocional é em larga medida, o retrato de Deus e da vida que ali encontramos.
Com os salmos aprendemos a pensar e agir de acordo com Deus. Neles nos imbuímos de Deus e do mundo divino. Eles nos proporcionam um vocabulário para viver caminhando rumo a Deus, vocabulário esse inspirado pelo próprio Deus. Mostram-nos quem é Deus, e isso expande, eleva e orienta a nossa mente e o nosso coração.
Esse Deus é O magnífico no meio de nós. Deus que se mostrou corporeamente a nós em Jesus, e nos traz a garantia de que o nosso universo é um lugar perfeitamente seguro. O próprio cerne da mensagem de Cristo, bem como da sua personalidade e dos Seus atos, se encontra nestas famosas palavras de Mateus 6:
“Por isso vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes.
Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo vosso Pai celeste as sustenta. Porventura não valeis vós muito mais do que as aves?
Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?
Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? ou: Com que nos vestiremos? porque os gentios é que procuram todas estas cousas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”
Essa garantia ousada e astutamente jocosa a respeito de todos os elementos básicos da nossa existência – alimento, bebida e vestuário, além de outras necessidades da vida – só se sustenta numa visão esclarecida de que um Deus totalmente bom e competente está bem aqui conosco para cuidar de nós.
(Dallas Willard, em “A CONSPIRAÇÃO DIVINA”)

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