CHEIO DE COMPAIXÃO
As inúmeras curas físicas realizadas por Jesus com o propósito de mitigar o sofrimento humano servem apenas de pequena mostra de como o coração do Filho de Deus se angustia pela humanidade ferida. Sua compaixão é visceral, brota do íntimo e opera num grau que nós humanos simplesmente não somos capazes de reproduzir. Jesus era capaz de sentir e compreender as profundezas da tristeza humana. Fez-se perdido com os perdidos, faminto com os famintos e sedento com os sedentos. Na cruz, peregrinou aos longínquos extremos da solidão, de modo que pudesse fi car solitário com os solitários e despojar a solidão de seu poder letal ao participar dela ele mesmo.
Foi o que fez então e continua a fazer mesmo hoje. Jesus vibra diante da esperança e do temor, das celebrações e dos abatimentos de cada um de nós. Ele é a encarnação da compaixão do Pai. Foi Meister Eckhart, místico do século XV, quem escreveu: “Você pode chamar a Deus de amor, você pode chamar a Deus de bondade, mas o melhor nome para Deus é compaixão”. Quando falamos de Jesus Cristo como Emanuel, Deus conosco, afi rmamos que o maior amante da história sabe o que é que nos fere. Jesus revela um Deus incapaz de se mostrar indiferente diante da agonia humana, um Deus que abraça plenamente a condição humana e mergulha com profundidade em nossa luta humana, e nos ajuda, porque Ele BOM, cheio de misericórdia, poder e amor.
“Jesus chamou os seus discípulos e disse:
Tenho compaixão desta multidão; já faz três dias
que eles estão comigo e nada têm para comer.
Não quero mandá-los embora com fome,
porque podem desfalecer no caminho”.
Mateus 15:32
(Brennen Mannihg, em “MEDITAÇÕES PARA MALTRAPILHOS”)
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