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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A ÚNICA COISA NECESSÁRIA

Jeremias tinha uma prioridade bem definida: ele persistentemente se levantava cedo, ouvia Deus e saía para falar e agir de conformidade com o que havia escutado. Isso não era devido ao fato de Jeremias não ter outras coisas a fazer. Era porque ele escolhera o que Jesus denominou de “a única coisa necessária” (Lc 10:42), ao ouvir atenta e confiadamente a Deus.
A marca de certos tipos de caráter é a capacidade de incansavelmente voltar à mesma tarefa com criatividade e interesse, ao longo de toda a sua vida. Nunca desistir ou de dedicar a outras coisas, jamais desviar a atenção ou ser atraído por algo diferente. Agostinho escreveu 15 comentários sobre o livro de Gênesis. Porém, jamais se contentou com o que realizara. Ele nunca acreditou que havia explorado profundamente o primeiro livro da Bíblia. Continuamente ele voltava a considerar os primeiros princípios dos caminhos de Deus. Beethoven compôs 16 quartetos de cordas porque nunca estava satisfeito com o que havia composto antes. O estilo de quarteto o intrigava e desafiava. A perfeição era sua meta. Por isso persistia com disposição nova e criativa a cada tentativa. A mesma coisa muitas vezes, porém nunca o mesmo resultado, pois cada nova tentativa era marcada por notável criatividade.
E quanto a Jeremias? “Durante vinte e três anos [...] tem vindo a mim a palavra do Senhor, e, começando de madrugada, eu vô-la tenho anunciado”. Há somente uma coisa necessária. E há somente o dia de hoje para vivê-la. Comece hoje e repita amanhã, e depois de amanhã, persistentemente. Não de forma insensata, mas com todo o entusiasmo de uma nova experiência.
“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” Jo 4:24
(Eugene Peterson, em “ÂNIMO!”)