“E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse; Pai, graças te dou porque me ouviste”. Jo 11:41
Vemos aqui uma ordem de coisas muito estranha e incomum. Lázaro ainda está no túmulo, e já a ação de graças é feita precedendo o milagre da ressurreição. Eu pensava que a ação de graças deveria ter sido feita depois que tivesse sido operado o grande ato, e Lázaro estivesse restituído à vida. Mas Jesus dá graças pelo que está para receber.
A gratidão irrompe antes da chegada da dádiva, na certeza de que ela está a caminho. O cântico de vitória é cantadoantes de ser travado o combate. É o semeador entoando já o cântico da colheita. É ação de graças antes do milagre!
Quem pensa em anunciar um salmo de vitória quando os expedicionários estão acabando de sair para a peleja? Onde ouvimos o hino de ação de graças pela resposta que ainda não foi recebida? Apesar disso não há nada estranho, forçado ou ilógico na ordem de coisas seguida pelo Mestre.
A atitude de louvá-lO de antemão é uma atitude de importância vital para a operação dos milagres, pois só temos essa atitude quando realmente cremos. Os milagres são operados por poder espiritual. O poder espiritual é sempre proporcional à nossa fé.
Nada agrada tanto a Deus como o louvor, e nada é de tanta bênção ao homem que ora como o louvor que ele oferece. Certa vez, na China, fui muito abençoado neste particular. Eu tinha recebido notícias tristes de casa, e sombras espessas haviam coberto a minha alma. Orei, mas elas não se foram.
Arregimentei minhas forças para tentar suportar a tristeza, mas as trevas só ficavam mais densas. Justamente nessa ocasião fui a um posto missionário no interior e vi na parede da casa da missão estas palavras: “Experimente louvar.” Eu experimentei, e num instante todas as trevas se foram, para não mais voltar. Sim, o salmista estava certo: “Bom é render graças ao Senhor.”
(Rev. Henry W. Frost, em “CURA MIRACULOSA”)