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quinta-feira, 22 de março de 2012

AQUECENDO NOSSOS CORAÇÕES

Existe uma historieta – não sei qual a sua origem — de um rapaz e um senhor idoso que se encontravam diante de um grande auditório.
Estava-se realizando um programa especial. Numa parte dele, os dois tinham de dizer o Salmo 23 de cor. O jovem, que conhecia as técnicas da oratória e do drama, falou o salmo com a eloqüência de um grande orador.
“O Senhor é o meu pastor…”
Quando terminou, a platéia aplaudiu entusiasticamente, pedindo bis.
Depois foi a vez do outro. Apoiando-se pesadamente sobre sua bengala, o velhinho encaminhou-se para a frente, e com voz fraca e trêmula, repetiu as mesmas palavras:
“O Senhor é o meu pastor…”
Quando ele se assentou, os ouvintes permaneceram em profundo silêncio.
Todos pareciam estar em atitude de oração. O jovem se levantou, e disse o seguinte:
“Amigos, quero dar uma explicação. vocês bisaram a minha declamação do salmo, mas ficaram em silêncio depois que meu amigo terminou. Por que? Vou lhes dizer: eu conheço bem o salmo, mas ele conhece o Pastor.”
Talvez esta imagem do pastor com o seu rebanho não tenha grande significado para os habitantes das grandes cidades. Entretanto, nunca o povo da terra se pareceu tanto com um bando de ovelhas assustadas, como atualmente.
Este salmo de Davi tem sido cantado através dos séculos, atravessando barreiras de raça e língua. Há vinte e cinco mil anos que ele esta sendo entesourado no coração dos homens. E hoje isto acontece mais que nunca.
Qual a razão disso? Não é somente pelo fato de ele ser uma bela peça literária, mas também porque ele ensina que, acima de todas as lutas e temores, acima das fomes e fraquezas da humanidade, há um Pastor.
E um Pastor que conhece suas ovelhas uma por uma, um Pastor que é amplamente capaz de atender a todas as suas necessidades; que guia e protege, e que, ao fim da jornada, lhes abrirá a porta do aprisco, daquela casa “não feita por mãos”.
Quando se achava no Pólo sul, o Almirante Byrd descobriu, de repente, que apesar da quietude ao redor, ele não estava sozinho. Esta sensação fez com que a fé brotasse em seu coração, e, embora estivesse “no lugar mais frio da terra”, ele sentiu o calor de uma presença reconfortante.
O Salmo 23 nos dá este mesmo senso de segurança. É por isso que ele permanece vivo no coração de todas as gentes, qualquer que seja o credo ou raça.
(Charles L. Allen, em “A PSIQUIATRIA DE DEUS”)

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