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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

SEM MEDIADORES


Que diferença fez Jesus? Tanto para Deus quanto para nós, ele possibilitou uma intimidade que jamais existira. No Antigo Testamento, os israelitas que tocassem a sagrada arca da aliança caíam por terra fulminados; mas as pessoas que tocavam Jesus, o Filho de Deus encarnado, ficavam curadas. Aos judeus que não pronunciavam nem sequer soletravam o nome divino, Jesus ensinou uma nova maneira de dirigir-se a Deus: Aba, ou “Papai”. Em Jesus, Deus se aproximou.
As Confissões de Agostinho descrevem como essa proximidade o afetou. Da filosofia grega ele aprendera sobre um Deus perfeito, atemporal, incorruptível, mas ele não poderia sondar de que modo alguém indisciplinado e superinteressado em sexo como ele pudesse relacionar-se com um Deus assim. Tentou várias heresias de sua época e julgou-as todas insatisfatórias, até finalmente conhecer o Jesus dos evangelhos, uma ponte entre os seres humanos e um Deus perfeito.
O livro de Hebreus explora esse surpreendente novo avanço da intimidade. Primeiro, o autor elabora o que se exigia simplesmente para aproximar-se de Deus nos tempos do Antigo Testamento. Apenas uma vez por ano, no Dia da Expiação — Yom Kippur — uma pessoa, o sumo sacerdote, podia entrar no Lugar Santo. A cerimônia previa banhos rituais, vestes especiais e cinco diferentes sacrifícios de animais; e mesmo assim o sacerdote entrava no Lugar Santo tomado de medo. Ele usava campainhas presas às vestes e uma corda atada ao tornozelo, de modo que, e viesse a morrer e as campainhas parassem de soar, outros sacerdotes pudessem puxar seu corpo para fora.
Hebreus apresenta um vívido contraste: nós agora podemos nos aproximar “do trono da graça com toda a confiança”, sem medo. Invadir com ousadia o Lugar Santo — nenhuma imagem poderia ser mais chocante para leitores judeus.
Jesus contribui no mínimo com isso para resolver o problema da decepção com Deus: graças a Ele, podemos chegar diretamente ao Pai. Não precisamos de um mediador humano, pois o próprio ser divino de Deus tornou-se o mediador.
(Philip Yancey, em “DECEPCIONADO COM DEUS”)

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