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terça-feira, 16 de agosto de 2011

GRAVADOS NAS MÃOS DE DEUS
“Quando contemplo os Teus céus”, diz o salmista ao admirar as estrelas, “que é o homem que dele te lembres?”. Cada livro do Antigo Testamento que analisei gira em torno dessa questão. Sofrendo no Egito, os hebreus quase não conseguiam acreditar na confiança que Moisés tinha de que o próprio Deus estava se importando com a causa deles. Os amigos de Jó riram da noção absurda de que o ínfimo Jó era importante para o Senhor do universo. O pregador de Eclesiastes teria formulado a frase de forma mais sarcástica: “Será que existe alguma coisa debaixo do sol que importe? A vida não é completamente sem sentido?”
Certa vez abri o livro de Isaias e li no capítulo 49: “Vê, as palmas das minhas mãos te gravei”. Descobri, observando o contexto desse versículo, que Deus estava fazendo essa declaração impressionante a pessoas que passavem, talvez, pelo momento mais desesperador de todo o Antigo Testamento. Israel tinha sido aniquilada, a cidade de Jerusalém estava profanada. Não houve resistência aos soldados babilônicos que entraram no Templo; dessa vez Deus não salvou seu povo. Os hebreus foram arrastados por correntes para o exílio na Babilônia.
De repente clareou para mim a idéia de que os hebreus na Babilônia que receberam a mensagem de Isaias 49 estavam agonizando sobre exatamente as mesmas questões que estavam me afligindo: Somos de fato importantes para Deus? É isso que significa sermos o povo de Desus – ter a terra arrasada, nossas cidades derrubadas, nossas mulheres e filhos assassinados? Perguntas semelhantes foram feitas por cristãos que sofreram ao longo dos séculos.
“O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim”, os hebreus lamentaram durante esse tempo de crise, e é a essas pessoas que Deus faz o voto: “Pode uma mulher esquecer-se de seu filho que ainda mama?”, Deus pergunta retoricamente. “Mas ainda que esta esquecesse, Eu todavia, não me esquecerei de ti. Vê, nas palmas das minhas mãos te gravei”.
“O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim?”, nos perguntamos no meio de nossas crises pessoais, e é igualmente para nós que Deus faz este mesmo voto.
(Philip Yancey, em “A BÍBLIA QUE JESUS LIA”)

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