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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

NOSSAS ORAÇÕES E O JUSTO JUIZ

Catarina ajoelhou-se em silêncio ao lado de sua cama. Lágrimas corriam e seu corpo se sacudia incontrolavelmente enquanto os pensamentos de desespero afligiam sua mente. Seus lábios começaram a tremer quando ela elevou seu coração a Deus, em oração.
Estes poucos anos passados foram muito difíceis para Catarina. Parece que não havia esperança para seu filho adolescente, desde a morte de seu marido. Drogas, álcool, sexo promíscuo, quando isso terminaria? Nada parece ajudar. Conselheiros na escola, medidas disciplinares repetidas e horas incontáveis implorando não produziram nenhum resultado positivo. Mesmo as infindáveis noites de oração pareciam não adiantar nada.
Terminada sua oração, Catarina abriu sua Bíblia e começou a ler. “Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer. Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava homem algum. Havia também, naquela mesma cidade, uma viúva que vinha ter com ele, dizendo: Julga a minha causa contra o meu adversário. Ele, por algum tempo, não a quis atender…”
“Esta história me parece familiar”, disse ela a si mesma, em voz alta, meio brincando. “Esta viúva certamente deve ter sentindo que seu caso é sem esperança. Como deve ter sido frustrante levar uma causa justa diante de um juizque não ama a justiça.”
Quão frustante, na verdade! Subitamente, a viúva Catarina começou a pensar sobre o Deus a quem ela orava. Que forte contraste com o juiz da parábola!
Ela continuou a ler: ”…mas, depois, disse consigo: Bem que eu não temo a Deus, nem respeito a homem algum; todavia, como esta viúva me importuna, julgarei a sua causa, para não suceder que, por fim, venha a molestar-me”. Em seu desespero, Catarina começou a ponderar o resultado do repetido pedido de justiça desta viúva. O juiz foi “dobrado”, não por uma decisão de corrigir seus atos, nem foi por persistência da viúva. Ele, certamente, sabia que a causa dela era justa. Entretanto, foi a persistência da viúva que o levou a render-se a seus rogos!” Persistência. Talvez esta seja a chave de uma oração eficaz”, ela pensou consigo.
Catarina leu adiante rapidamente: “Então, disse o Senhor: Considerai no que diz este juiz iníquo. Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?” A conclusão certamente parecia razoável para Catarina. Ela tinha lido frequentemente passagens das Escrituras ressaltando a natureza justa de Deus. Se o juiz injusto fez justiça a alguém com quem não se preocupava, então um Deus justo com mais certeza atenderia as orações de seus escolhidos! Isto seria especialmente verdadeiro no caso daqueles que persistentemente elevam seus corações a Deus em oração, noite e dia!
Sentindo uma crescente sensação de paz, Catarina concluiu sua leitura dessa noite: “Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” Parece que tão poucos têm completa confiança no Deus que eles declaram servir. Ela lentamente começou a considerar a profundidade da sua própria fé. Seria seu nível de confiança agradável a Deus? Teria ela colocado completamente a situação de seu filho nas mãos de Deus?
Quando Catarina se estendeu na cama, as palavras do apóstolo Pedro brilharam em sua mente: ”Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1 Pedro 5:6-7). Ela começou a confiar em Deus como nunca antes. Se o Senhor retornasse nessa noite, encontraria a fé renovada de um dos seus eleitos. Um sorriso, lentamente, espalhou-se sobre a face dela, enquanto balbuciava uma oração final da noite: “Senhor, por favor, perdoa-me por duvidar do valor da oração persistente. Eu sei que tu cuidas dos problemas de meu filho. Eu continuarei a orar fervorosamente para que tua vontade seja cumprida em nossas vidas. Em nome de Jesus, Amém.
(Mike Waters)

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