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quinta-feira, 16 de junho de 2011

IMPORTA A SINCERIDADE
Quando olhamos para Jeremias não o encontramos em companhia de amigos, em animada conversa, contando histórias sobre Deus ou discorrendo sobre assuntos teológicos. Deus não é algo ou alguém para ser discutido. Deus não é uma idéia ou um conceito a ser estudado. Não vemos o profeta Jeremias sentado em sua escrivaninha, de pena em punho, tentando responder, com sua mente aguda e inteligência profunda, questões difíceis do tipo “Como um Deus misericordioso permite o avanço do mal?”. Deus não é um problema a ser solucionado.
Quando lemos o livro de Jeremias, o encontramos em constante oração: dirigindo-se a Deus e ouvindo Sua resposta. A oração é o meio pelo qual nos aproximamos de Deus como um ser pessoal, como alguém com quem se pode conversar, não como um objeto sobre o qual falamos a respeito. O ato de orar implica a atenção Àquele que nos escuta e assiste. É a decisão de nos aproximarmos de Deus como a pessoa central de nossa vida, como nosso Senhor e Salvador.
Há uma idéia equivocada sobre a oração, a de que ela é um ato de resignação e conforto, a de que a pessoa que está orando desfruta da maior paz do mundo. No entanto isso é um equívoco gritante, a vida de oração de Jerermias nos mostra isso. Ao olharmos para ele vemos um homem amedrntado, solitário, ferido e irado. Jeremias não mostra inibição em suas orações: “Persuadiste-me, ó Senhor, e persuadido fiquei, mais forte foste do qie eu”. Nossa ira pode dar a medida da nossa fé. Os cristãos discutem diretamente com Deus, os céticos discutem entre si. Os primeiros têm a glória de ouvir a voz do Senhor; os segundos, se bastam com suas próprias vozes.
(Eugene Peterson, em “ÃNIMO”)

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