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segunda-feira, 13 de maio de 2013


Por mais paradoxal que seja, a esperança se manifesta  mais fortemente quando os segmentos das razões humanas se acabam, quando não há a chance de se criar uma saída, quando não existe uma história  a ser construída, quando não existe nenhum possível em nenhum sentido. Nesses casos, a esperança é a própria expressão do “apesar de tudo”. A esperança é a afirmação de um risco total; é a contradição do que está falido, é a ressurreição antes dela, é a dízima periódica de um milagre.
A esperança se manifesta fortemente quando DEUS revela aquela Suapresença-ausência tão fortemente sentida. Esta afirmação pode ser percebida na experiência de Moisés quando DEUS o enviou ao Egito a fim de libertar os hebreus:
“Então, Moisés, tornando-se ao Senhor disse: Ó Senhor, por que afligiste este povo? Por que me enviaste? Pois, desde que me apresentei a Faraó, para fala-lhe em Tu nome, ele tem maltratado este povo. E Tu de nenhuma sorte o livraste.”
DEUS sempre está presente, mas há vezes em que ELE manifesta uma presença-ausência para não nos tirar da esperança. Sua presença nos estimula na esperança, mas Sua ausência nos conduz a ela.
A esperança está entre a promessa e a realização. Ela existe nesse hiato. Nessa brecha. Ela é a substância que preenche o vazio entre o que DEUS falou e o que DEUS fará. A esperança completa o espaço entre o que recebemos historicamente como promessa e o que esperamos historicamente como realização.
(Caio Fábio, em “VIVER: DESESPERO OU ESPERANÇA?”)

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